domingo, 31 de maio de 2015

ROTEIROS DE VIAGEM: A IMPORTÂNCIA DA DECUPAGEM

Roteiro de viagem: a importância da decupagem

Ricardo Freire
por Ricardo Freire
hamburgo
Nas duas décadas em que trabalhei em publicidade, tive a chance de criar centenas de comerciais que foram ao ar. Na rotina de produção de um comercial, o momento crucial era o da decupagem, quando o diretor mostrava cena por cena como o roteiro seria realizado. Nesse momento, muito do que a gente tinha criado (e aprovado com o anunciante!) poderia se revelar impossível de produzir. É quando a gente ouvia coisas como: "O texto tá estourando o tempo!" Ou: "Este plano demora o dobro do que vocês estão imaginando!".  Um dos diretores com quem mais trabalhei, o Andrés Bukowinski (descobridor do Garoto Bombril), dizia que um comercial de 30 segundos, para ser fluido, não poderia ter mais do que 17 segundos de locução ou diálogo.
Com roteiros de viagem acontece a mesma coisa. O papel aceita tudo, e a gente tem a tendência de entuchar muito mais coisas (passeios, escalas, atrações, compromissos) do que cabe de maneira aproveitável no tempo que temos disponível. Com os anos de estrada a gente vai aprendendo a ser mais realista, mas até hoje eu me pego planejando mais movimentos do que dá para executar. (Eu pelo menos tenho a desculpa de que estou tentando apurar o máximo de conteúdo para o site; mas no seu caso são férias, que não deveriam ser desperdiçadas com perrengues.)
Por isso é útil trazer para o seu roteiro de viagem o método da decupagem. Imagine seu dia como um filme (é um loooongo documentário!) e passe cena por cena -- sobretudo aquelas chatas, que a gente costuma omitir no planejamento, mas que são indispensáveis para a produção do roteiro.
Por exemplo. Esses dias um leitor, entusiasmado com o roteiro de carro pelo belíssimo Val d'Orcia, na Toscana (um passeio que o post recomenda fazer a partir de Siena), perguntou se não era possível fazer a partir de Roma, alugando um carro para o dia. Aparentemente, dá: Montepulciano, do ladinho do vale, está a 180 km de Roma. O Google Maps calcula em 2 horas de viagem com trânsito bom para sair de Roma.
Mas é preciso fazer a decupagem das cenas que o Google Maps não leva em consideração nesse cálculo. A saber: nesse dia você precisa (1) acordar, (2) tomar café, (3) tomar banho e ir ao banheiro, (4) sair do hotel e ir até a locadora, (5) pegar o carro. Dificilmente você estará com o carro na mão antes das 9h. (Quando fui pegar um carro na Gare du Nord, em Paris, para ir ao Vale do Loire, perdi 45 minutos só no edifício-garagem procurando um carro da Europcar que tinha sido colocado fora da vaga. Pensei que sairia de Paris às 8h30, mas só peguei o anel viário às 10h30.) O mais realista é imaginar que você só chegaria ao primeiro destino do roteiro lá pelas 11h30. É muito trampo para pouco tempo líquido aproveitando. E ao fim do passeio, os 180 km de volta vão ser as duas horas mais intermináveis da viagem, porque você estará cansado, sonhando com um banho. (Já quando você faz um bate-volta de trem, pode usar o tempo de volta para descansar e recuperar as forças, sem a tensão de estar na estrada e não errar as saídas.)
Claro que também dá para alugar o carro na véspera. Mas isso ocasiona outros perrengues: sacrificar duas horas do seu dia de turistagem para ir à locadora, pegar o carro, enfrentar o trânsito de Roma e achar um estacionamento. No dia seguinte, isso significará também um horário-limite para voltar do passeio sem pagar horas extras, que costumam ser caras.
Enfim, uma idéia que parece ser ótima (oba, vou alugar um carro pra passar o dia zanzando por um lugar a duas horas daqui) acaba se revelando um programa extra-puxado.
Vamos decupar outras idéias que ocorrem a inúmeros viajantes:
--> PEGAR TREM NOTURNO
A priori, a idéia é perfeita. Você economiza uma noite de hotel e chega cedo na cidade seguinte para aproveitar mais o dia. A decupagem do roteiro, porém, mostra seus problemas.
Você vai desocupar o quarto do hotel ao meio-dia (vai deixar as malas no hotel ou num guarda-volumes da estação de trem). Precisa escolher uma roupa que sirva para passar o resto do dia na cidade, dormir no trem e passar a manhã na cidade seguinte.
Daí, depois de cumprir seu programa de visitas da tarde e jantar, você chega a estação e precisa embarcar sem banho. Na hora de dormir você percebe que não é tão fácil assim: o trem chacoalha, faz algum barulho, e você não consegue parar de pensar na sua mala, que ficou acomodada no seu compartimento na entrada do vagão, à vista de quem passar.
Quando chega supercedo à próxima cidade, tudo o que você quer é subir ao quarto e tomar um banho. Mas nada garante que o seu quarto esteja disponível. Na pior das hipóteses, você só poderá subir às duas da tarde. Vai ter que ficar até lá com a roupa do dia anterior (será que o tempo estará o mesmo?) ou abrir a mala e trocar num banheiro, sem ter tomado banho. Ao sair para a rua, você vai perceber que a cidade ainda não acordou direito, e que a maioria dos lugares que você quer visitar só abre às 10h. Às duas da tarde, quando em condições normais você estaria cheio de energia turistando, você estará no hotel, desperdiçando um horário nobre para tomar banho (e provavelmente não resistindo a uma sonequinha).
Continua achando que é uma boa?
--> FAZER CONEXÃO ENTRE AVIÃO E TREM
Chegar de avião na Europa e seguir de trem para um destino próximo parece uma idéia redondíssima -- afinal, o trem é o meio de locomoção europeu por excelência.
Decupando, porém, a gente acha os senões. O primeiro deles é que os trens rápidos têm lugar marcado. Você precisa necessariamente ter uma reserva para um horário específico. E daí vem a questão: que horário marcar?
Se você marca o term com um intervalo razoável (digamos, 2h30 a 3h depois do desembarque), o filme do seu deslocamento vai ser estressante. Dias antes de voar você já vai começar a se preocupar com o atraso do vôo. Mesmo que o vôo não atrase, a chegada vai ser tensa. Essa fila da imigração que não anda! Meu Deus, minha bagagem não chega. Qualquer errinho para pegar o transporte entre o aeroporto e a cidade pode significar perder o trem.
E se você marca o trem com um intervalo seguro (digamos, 6h depois do desembarque), o filme do seu deslocamento pode ser tedioso. Se tudo der certo e não houver nenhum contratempo, você vai ganhar um belo chá de banco na estação ferroviária. Vindo de uma longa viagem de avião, a experiência pode ser torturante.
O que fazer, então? Você tem duas alternativas. Se o lugar para onde você ia de trem tiver aeroporto, você deve comprar a passagem aérea até esse destino. Esse costuma ser o caso de Veneza (compre passagem a Veneza, em vez de comprar até Milão e já ir para estação ferroviária), Barcelona (pra que chegar por Madri se você não vai ficar na cidade?) e Berlim (não compre só até Frankfurt se o que você deseja é a capital alemã). A segunda alternativa é dormir uma noite onde você desembarca. Você elimina o stress da conexão e ainda arranja algum prazer para o primeiro dia da viagem, que estaria totalmente perdido no deslocamento. Não faça nenhuma atividade turística convencional (não é o momento de enfrentar filas ou se enfiar em museus): use o fim desse dia só para esticar as pernas, desestressar, comer e beber bem, para seguir viagem no dia seguinte (lá pelas 10h, depois de uma noite bem dormida e um merecido café da manhã).
--> SEGUIR VIAGEM DE MANHÃ CEDINHO
Já escrevi um post sobre isso (aqui). Mas não custa fazer uma decupagem.
No afã de rentabilizarmos melhor nosso tempo em viagem, costumamos escolher o primeiro vôo, o primeiro trem ou o primeiro ônibus do dia. Vai por mim: só faça isso se essa for a única alternativa.
Pegar um vôo às 7h da manhã significa estar no aeroporto às 5h. O que significa sair da cidade às 4h. O que significa ter que marcar um táxi para passar no seu hotel às 4h. O que significa acordar o mais tardar às 3h30. O que significa dormir naquela tensão de "será que eu vou ouvir o despertador? será que eu programei direito? será que o recepcionista vai lembrar de me ligar?". O que significa tentar dormir o mais cedo possível. O que significa não aproveitar a noite anterior como poderia. O que significa passaar uma noite maldormida e cabular o café da manhã do hotel (pelo qual você provavelmente já terá pago).
Evite ao máximo.
--> SAIR DO AEROPORTO ENTRE VÔOS
Também já escrevi um post (aqui). Entre ficar horas mofando no aeroporto para pegar uma conexão, melhor ir para a cidade, não é? Ops: nem sempre.
Decupando o filminho dessa operação, cheguei à conclusão de que, se você tem menos do que 7 horas, o melhor é achar um café e ler um bom livro. O intervalo mais confortável é a partir de 10 horas.
Do intervalo entre os vôos, você precisa abater o tempo na imigração (1h a 2h), o tempo de viagem à cidade (vamos pensar em 1h para ir, 1h para voltar) e a antecedência de reapresentação para passar pelos controles de segurança (1h30). Ou seja: você precisa descontar entre 4h e 5h do seu intervalo total.
Sempre lembrando que o trajeto entre aeroporto e cidade, nas duas direções, é sempre o mais tenso da vida do viajante. E ao sair do aeroporto, você está incluindo mais dois desses trajetos no seu dia.
Outra questão importante é a bagagem de mão: você precisa viajar com uma bolsa que consiga carregar com você para o passeio. Maleta, mesmo de rodinha, estraga qualquer tentativa de turistagem.
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quarta-feira, 20 de maio de 2015

8 MOTIVOS PARA VIAJAR SOZINHO

8 Motivos para viajar o mundo sem medo


Estamos vivendo em um mundo onde a tecnologia tomou conta de nossas vidas e a informação chega muito mais rápido do que fofoca em escola. E com isso vivemos com as dúvidas das escolhas que estamos tomando em nossas vidas. Será que escolhi o trabalho certo? Vou ser feliz trabalhando no mínimo oito horas por dia? Será que é perigoso viajar sozinho? Viajar o mundo deve ser coisa de gente rica, não é? Se você pertence a geração Y, com certeza já parou para pensar nessas perguntas. Mas não se preocupe, isso é completamente normal, no mundo que vivemos hoje essa questão de aproveitar a vida e ser feliz está está por toda parte. E porque não estaria, tudo o que você mais quer é ser feliz, não é? Calma, existem  muitas formas de felicidade e cada pessoa tem o direito de escolher o que mais te faz feliz. Por isso hoje, vamos mostrar os motivos pelo qual vale a pena viajar o mundo e ser mais feliz. Isso mesmo, porque rodar o mundo pode ser muito mais divertido e importante do que você imagina:

1- CONHEÇA VOCÊ MESMO 

Você vai passar muito mais tempo sozinho durante esse período e vai poder aprender muito sobre você, suas atitudes e sentimentos. Cada dia na estrada pode ser crucial para o seu auto- conhecimento, já que mesmo viajando temos dias de altos e baixos. E por mais que tenhamos a tecnologia para estar perto de quem amamos, você terá que se controlar e superar as dificuldades que isso pode te trazer sozinho. 

2- SEJA LIVRE

Viajar pelo mundo pode seu uma fase de liberdade, de descobrimento, de coragem e aventura. Mas isso tem ainda mais graça pois você poderá decidir para onde quer ir e quando é o melhor dia ou horário, você pode desvendar uma cidade até tarde da noite e acordar tarde no outro dia (mas não pense que não terá que acordar cedo em muitos outros dias, mesmo que tenha ido dormir super tarde. Pois o único ônibus para o próximo destino sai as 5 da manhã e você não quer perder tempo, não é mesmo?).

3- EXPERIENCIE O NOVO

Viajar é o novo sonho de consumo da grande parte da população mundial hoje, é claro, a cada passo dado em uma viagem é um novo aprendizado. Desde uma nova palavra em uma outra língua, estilos de comportamentos e culturas, o aprendizado vai te seguir e isso vale mais do que muito livro. Com certeza após alguns dias ou meses viajando você não se sentirá mais o mesmo. 

4- ENFRENTE MOMENTOS DIFÍCEIS

Não pense que durante a viagem serão apenas mil maravilhas, como em qualquer aventura momentos difíceis poderão acontecer e você terá que estar pronto para poder resolver. Isso fará com que você tenha mais confiança nas suas escolhas ou lhe ensinará como fazer as escolhas certezas na prática. Calma, não precisa ficar desesperado e muito menos desistir de viajar, estou apenas contando a realidade do que pode acontecer. E tenho certeza que você vai aprender ou saberá lidar muito bem com essas situações, pois pessoas que decidem viajar o mundo já tem muita coragem na mala. 

5- VOCÊ NÃO VAI GASTAR TANTO QUANTO PENSA

Viajar o mundo não é coisa de pessoas ricas e filhinhos de papai, é possível viajar com a grana apertada e mesmo assim aproveitar. Quem está na estrada não precisa estar em hotéis de luxo, porque desvendar o lugar é muito mais importante. As refeições podem ser alternadas por lanches e assim vai. Existem em alguns países que o viajante pode trabalhar em um hostel por alguns dias e em troca receber hospedagem e isso gera muita economia.

6- VIAJAR SOZINHO É MUITO MAIS FÁCIL DO QUE PARECE

Esse pode ser o ponto mais difícil para as pessoas que ainda não fizeram, mas sabe que essa pode ser também a melhor escolha que já fez na sua vida. Quando decidimos embarcar sozinhos para uma nova aventura, podemos ter a autoridade de fazer o que, quando e como quiser. Cada segundo da sua viagem será voltado para você e suas escolhas. Isso não quer dizer que se sentirá solitário, pois você fará amigos, que assim como você também estão na estrada se aventurando. 

7- NÃO SE PREOCUPE EM INICIAR UMA FRASE EM UMA LÍNGUA E TERMINAR EM OUTRA

ISSO É COMPLETAMENTE NORMAL, começar a frase em inglês, passar para o portunhol (uma mistura de português com espanhol) e terminar em português ou até mesmo mímica. Mesmo que você não fale muitas outras línguas é comum tentar se aventurar na língua local do país após alguns dias de viagem, não conseguir terminar a frase e finalizar com inglês ou mímica. Não se desespere e não tenha medo de tentar, pois na grande maioria das vezes as pessoas estão dispostas a ajudar estrangeiros. É comum você viajar por países que falam línguas diferentes, quando parte para um outro destino a cabeça dá um nó e não saber mais qual língua deve ser usada. 

8- FAÇA AMIGOS DO MUNDO TODO 

Na estrada você certamente conhecerá pessoas na mesma situação que você e muitas delas poderão se tornar verdadeiros amigos. A cada destino novas pessoas farão parte da sua vida e sua lista de amigos no Facebook só irá aumentar cada dia mais, mas é claro que o importante não é o número de amigos novos, mas sim os bons amigos que a estrada te trará. 

quinta-feira, 14 de maio de 2015

SE VC NÃO FALA INGLÊS, NÃO SE APAVORE!!!!!!

O FATO DE VOCÊ NÃO FALAR INGLÊS JAMAIS DEVERIA TE IMPEDIR DE VIAJAR O MUNDO. É verdade que quando falamos inglês a vida fica mais fácil, mas não falar é de longe um impeditivo para realizar esse sonho. Ta faltando coragem? Então veja as nossas dicas e relaxa, porque no final tudo da certo e você ainda vai ter muitas histórias pra contar.

6 RAZÕES PARA VOCÊ VIAJAR O MUNDO MESMO SEM FALAR INGLÊS

  • O nosso poder de comunicação vai além da fala: existem muitas outras formas de se comunicar, com o olhar, uma expressão, um sorriso, gestos, mímica e desenhos. Só precisamos ser criativos.
  • Quem disse que o outro lado fala inglês: em uma longa viagem pelo mundo você vai esbarrar em muitas pessoas que também só falam a língua delas e vocês vão encontrar uma forma de se comunicar.
  • Existem mais pessoas dispostas a ajudar que prejudicar: o empenho pra se fazer entender acontece de ambos os lados.
  • Vivemos em um mundo tecnológico: se você viajar com um smartphone, na hora do desespero pode sempre recorrer a um tradutor.
  • Tudo vira uma grande aventura: numa longa viagem pelo mundo você não está correndo contra o tempo como nas férias, logo você tem tempo pra fazer tudo mesmo que as coisas se atrapalhem um pouquinho. Quando você não fala a língua atividades simples podem virar um desafio e uma grande aventura e passar por elas traz aprendizados e gera confiança.
  • Somos capazes de aprender rápido: você não fala inglês agora, mas se você viajasse o mundo por 1 ano, praticando todo dia, seu inglês poderia desenvolver muito rápido. A necessidade faz a gente aprender na marra.
FICA A DICA
Porque as crianças pequenas interagem em qualquer língua? Por que a fala não é um empecilho pra elas se comunicarem.
Sabe quem eu sempre vejo viajando por todos os cantos do mundo sem falar quase nada de inglês? Os franceses. Por que eles são cara de pau e sempre se viram.

7 DICAS PARA VOCÊ SE VIRAR SEM O INGLÊS:

  • Aprenda as principais palavras na língua de cada país que você visita: bom dia, obrigada, por favor, oi, tchau, sim, não. Isso demonstra simpatia e gera uma abertura na pessoa com quem você fala.
  • Seja criativo: sempre tem uma forma de se fazer entender.
  • Não tenha medo de pagar mico: não fique com vergonha de fazer o que for preciso para se comunicar. Imitar uma galinha, fazer um desenho horrível ou qualquer outra coisa. Melhor pagar mico do que não conseguir sair do lugar. Depois você vai dar boas risadas.
  • Use o guia a seu favor: os guias de viagem (livro ou e-book) geralmente colocam o nome dos lugares na escrita original, se precisar de ajuda aponte para alguém no guia e a pessoa vai entender o que você quer. O mesmo vale pra pedir comida em restaurante, nos guias sempre tem as palavras básicas de comida.
  • Escreva em um papelzinho: Se você deseja visitar um lugar por exemplo, peça pra alguém da sua hospedagem escrever em um papel na língua local. Se você se perder no caminho pode mostrar o papel pra alguém na rua e a pessoa vai tentar te ajudar com gestos, mímicas.
  • Use aplicativos de smartphone para traduzir: se você viaja com um (não foi o nosso caso).
  • Não fique estressado: algumas vezes você vai ser enrolado, outras você vai tentar e a comunicação não vai rolar e falhas na comunicação podem te fazer entender errado, mas fique tranquilo, faz parte da experiência e não é o fim do mundo. Vira mais uma história pra você contar.

4 DICAS PARA COMEÇAR A FALAR INGLÊS JÁ:

  • Comece um curso gratuito de inglês pela internet: veja algumas opções.
  • Pratique sempre que puder: tem amigos que falam inglês? peça pra eles praticarem com você. E durante a viagem, ao invés de se unir a outros brasileiros pra não ter que falar o inglês você deveria se unir com aqueles que não falam português. É isso que vai fazer você praticar e evoluir rápido.
  • Assista filmes com legenda em inglês: ouvir a pronúncia e ver a escrita ao mesmo tempo ajuda a aprender rápido.
  • Não tenha vergonha: a vergonha atrapalha qualquer um a desenvolver uma nova língua. Seja cara de pau, tente falar mesmo sem ter certeza se está certo. É errando que se aprende. Eu aprendo rápido porque eu sou super cara de pau.
Eu e meu marido falamos 4 línguas, mas na nossa viagem pelo mundo também tivemos que usar outras formas de comunicação pois o outro lado não falava nenhuma dessas línguas, que foi o caso na China, Japão e Vietnã. Por isso eu afirmo, falar inglês não é garantia que você vai se virar no mundo inteiroSer criativo e não ter vergonha ajuda muito mais na hora do sufoco.
HISTÓRIA 1: Durante um almoço na China, nós tivemos uma hora de conversa usando o tradutor do celular de uma chinesa que convidou a gente pra comer com eles, e ela não parava de rir. Ficamos com uma boa lembrança desse momento.
HISTÓRIA 2: Quando eu esqueci o meu tênis em um trem na China e só percebi isso 5 horas depois, eu usei a técnica do papelzinho, pedindo pra alguém escrever em chinês pra mim. Meu marido achou que eu jamais ia conseguir, mas após 3 horas de empenho, mímicas, olhares e desenho em papel, eu recuperei meu tênis. YES!
HISTÓRIA 3: Uma vez perdidos pra achar um lugar no Japão eu mostrei o nome do lugar em japonês que estava escrito no guia para o senhor da banca de jornal e ele desenhou o caminho pra gente em um papel. Funcionou perfeito.
Shiiii, tem várias histórias, mas esse post ia ficar muito longo. Só queria mostrar que falar inglês não é essencial. O mais relevante é querer viver essa incrível experiência de viajar o mundo por longo prazo. O resto a gente se vira e todas essas dificuldades que vivemos no caminho deixam a aventura mais interessante e trazem muitos aprendizados. No final, entendemos que somos capazes de fazer muito mais do que imaginamos.
Ainda ta com medo de viajar por causa do inglês? Diz aí o porquê.