
[La Palmilla, piscina natural em Isla Saona]
Na primeira vez, não coube no roteiro. Na segunda, foi o tempo que não ajudou. Na terceira ida do Viaje na Viagem a Punta Cana, não houve escapatória: o passeio à Isla Saona era uma das prioridades da Bóiatona, a maratona de 10 dias em que tratamos de conhecer os resorts e passeios buscados pelos nossos leitores e que até então estavam fora do nosso catálogo.
Para este tour a Saona, contamos com a parceria da operadora Litoral Verde; com o apoio da Otium, operadora local de passeios; e também com o ótimo timing do governo dominicano, que inaugurou a Autopista del Coral -- uma moderna estrada de duas pistas que liga La Romana e Bayahibe a Punta Cana -- alguns dias antes da minha chegada.
O percurso
Van, ônibus, lancha, catamarã, lancha, Isla Saona, lancha de novo, La Palmilla, lancha, ônibus, parada para compras, ônibus, van. O passeio é bastante picotado e toma um dia inteiro. Da espera no lobby até o retorno ao resort lá se vão quase 12 horas.
A saída é marcada para bem cedo. Às 7h30 da manhã eu já estava no saguão do resort. Segui com mais outros onze hóspedes deste e de outro resort próximo em uma van, que estacionou em um acostamento onde aguardamos o ônibus que nos levaria até Bayahibe. Foi a última parada do ônibus, que já tinha buscado outras pessoas em outros resorts. Devíamos ser uns trinta no grupo.



[Primeiro a van te pega, então o ônibus agrupa]
O trajeto pela recém-inaugurada Autovía La Coral levou exatos 59 minutos. A estrada estava bastante livre, e a paisagem se compõe por matas nativas ou plantações de cana de açúcar. A volta, no entanto, continua a ser pela estrada antiga, passando por dentro de Higüey e Verón, aumentando o tempo de deslocamento em 40 minutos; além disso, ainda há uma parada de mais de meia hora no Museu do Tabaco (que na verdade é menos museu e mais lojinha de souvenir mesmo). Ao final, uma van levou novamente grupos menores de hóspedes aos seus respectivos resorts.
Das 12 horas de passeio, você passa 3 horas e meia de fato dentro d'água. Você precisa encarar o catamarã e a lancha como parte da diversão e não apenas como transporte de ida e volta à ilha.
Na ilha


[Embarcando em Bayahibe]
De Bayahibe, onde o Riq esteve no ano passado, não dá para ver nada. O ônibus pára direto num estacionamento próximo ao atracadouro onde ficam os barcos para Saona; é só o tempo de receber a pulseirinha (mais uma!) de visitante do Parque Nacional del Este, ir ao banheiro (recomendável), driblar os vendedores ambulantes (ou, quem sabe, comprar um chapéu de palha a buen precio) e pegar a lanchinha que leva até o catamarã.


[No catamarã de Bayahibe à ilha]
Uma vez a bordo é só alegria: os tripulantes são simpáticos, passam oferecendo rum com refrigerante, puxam para dançar e quando você vê... bem, quando você vê ainda falta um tempão para chegar, mas não dá para dizer que a viagem não é animada.
Aproveite as duas horas de trajeto para admirar o parque ao longe, fazer novas amizades e aprender a dançar a bachata e o merengue. Esteja atento: as chances de ouvir Michel Teló a bordo e se surpreender por todos os seus novos colegas que não falam Português saberem cantar “Ai, se eu te pego” giram em torno de 99%.

[Chegando em Isla Saona]
Chegando na ilha, o catamarã pára a uma certa distância. Uma lancha vem buscar todo mundo e leva até a beira da praia. O guia mostra então a área onde o grupo vai ficar, e o quiosque onde dá para tomar água, refrigerantes, cerveja e rum “all inclusive”.



[Isla Saona]
A essa altura já passou de meio-dia e a segunda coisa em que você deve reparar, depois da cor do mar, é no cheirinho de churrasco.



[Isla Saona: hora do almoço]
O almoço, também parte do pacote, é servido depois de 13h. No dia do meu passeio o prato principal era frango ou peixe na brasa. Sem requintes, mas comi melhor lá do que em algumas refeições de resort.



[Mas uma lojinha não há de faltar...]
Aliás, não espere sofisticação em nada. Imagine uma grande área de piquenique. Agora acrescente areia, espreguiçadeiras e o mar azul-Caribe. Basicamente, Saona é isso. O luxo fica por conta só da natureza. O mar é uma gostosura de nadar, muito calminho. Só não vi peixes a olho nu – em Bávaro tinha aos montes.



[Isla Saona]
Para quem gosta de caminhar, é bom ter cuidado: são muitas as conchas e pedaços de coral na beira do mar. Ande sempre olhando para o chão.



[Isla Saona]
A verdade é que, com um mar desses, não existe motivo para ficar fora da água. Foi o menor índice de ocupação de espreguiçadeiras que já vi em uma praia.
La Palmilla, a piscina natural


[Na lancha para La Palmilla]
Depois de mais ou menos 3 horas na Isla Saona, é hora embarcar em direção à Palmilla, desta vez de lancha rápida. O piloto não corre muito (no trecho em que decidiu dirigir “com emoção” o pessoal pediu para ir com mais calma e ele desacelerou).

[La Palmilla, Isla Saona]
La Palmilla não fica longe dali e é uma piscina natural de águas transparentíssimas, onde a atração principal são as estrelas-do-mar. É o momento mais aguardado do passeio, e a principal razão de comprar o tour: passar meia hora mergulhando nas águas absolutamente cristalinas da piscina natural.

[La Palmilla, Isla Saona]
Confesso que eu me assustei com a quantidade de barcos chegando ao mesmo tempo e sofri com o tira-bota das estrelas d'água pro pessoal tirar fotos. Mas conversando com o Comandante ele me explicou que no Nordeste a densidade de barcos nas piscinas naturais é daí pra mais; e que essa água de La Palmilla é mesmo um espanto. Então tá....

[La Palmilla, Isla Saona]
De La Palmilla, o grupo segue na mesma lancha até o ancoradouro em Bayahibe.
Vale a pena?
O passeio à Isla Saona é bem bacana, mas exige muitos (e longos) deslocamentos, mesmo com a nova autopista (que, como vimos, só é usada em toda sua extensão na ida). Tendo à disposição uma boa praia na frente do seu resort (por exemplo: ficando nos melhores trechos de Bávaro ou mesmo Arena Gorda, o que sempre, sempre recomendamos), o tour deixa de ser imprescindível. Vá se gostar de passeios de barco, se você é fã de piscinas naturais e -- importante! --se o tempo andar firme.

[Isla Saona]
Para encurtar os trajetos, consulte as operadoras sobre a possibilidade de fazer ida e volta em lancha rápida, e também os dois trechos de ônibus pela Autovía del Coral. Peça também para saber como são os barcos – alguns são mais jeitosinhos do que outros.
¡Que lo disfrute!
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